segunda-feira, 7 de março de 2011

Eterno Fusca

 

O Fusca No Brasil

O primeiro Volkswagen brasileiro foi lançado em 1959, obedecendo, com poucas modificações, ao do projeto de Ferdinand Porsche, lançado na Alemanha vintes anos antes.
A origem do nome Fusca está relacionada com a pronúncia alemã da palavra Volkswagen. O nome da letra V em alemão é "fau" e o W é "vê". Ao abreviar a palavra Volkswagen para VW, os alemães falavam "fauvê". Logo que o Fusca foi lançado na Alemanha, ficou comum a frase "Isto é um VW" ("Das ist ein VW"). A abreviação alemã "fauvê" logo se transforma em "fulque" e "fulca". "Desde que começaram a circular os primeiros Volkswagens, em 1950, também apareceu a corruptela da palavra Volkswagen passando pela influência da colônia alemã".Alexander Gromow explicou isso para o Jornal do Brasil de 7 de agosto de 1993.
Em Curitiba se fala "fuqui" ou "fuque" e em Porto Alegre é "fuca".
Mas em São Paulo, talvez por uma questão de fonética, acrescentaram o "S" na palavra e o Volkswagen acabou virando o FUSCA.
Em 1967, a Volkswagen adota um motor de 1.3 no lugar do antigo 1.2
Nas propagandas, apareciam os carros com uma cauda de tigre saindo da traseira em alusão a maior potência (44cv contra os antigos 36cv). Vale notar que durante esta época o Fusca gerou vários derivados no mercado nacional, tais como o Vw 1600, o TL, a Variant, o Karmann Ghia TC, o SP2, a Variant II, o Brasília e o Gol.
A partir de 1973 o carro passou a contar com uma entrada de ar no capô dianteiro, que chegava ao interior do carro através do painel e saía por aberturas atrás dos vidros laterais traseiros, as populares "orelinhas". Muitos pensam que sua função é ventilar o interior do carro quando, na verdade, é o inverso. O fusca 1500 durou de 1970 até 1975.
Em 1974 foi introduzido o "Bizorrão", o fusca 1600-S com carburação dupla, que desenvolvia 65 cv SAE, tinha volante de direção esportiva de três raios, rodas aro 14 e painel com marcador de temperatura, relógio e amperímetro. Em 1977, o fusca aparece com mudanças estruturais, comando do limpador de parabrisas na chave de seta e barra de direção retrátil, que protege o motorista em caso de choque frontal.
Em 1978 ocorre uma mudança no bocal do tanque, que passa para a lateral direita do carro. O interruptor do pisca-alerta é transferido para a coluna de direção e é adotada uma chave única para portas, capô do motor e ignição. Em 1979, há uma alteração no modelo e as lanternas traseiras passam a ser maiores, e passam a ser chamadas "Fafá", em alusão aos grandes seios da cantora Fafá de Belém.

Em 1982 é lançado o Fusca 1300 com motor a álcool.
Em 1983, a empresa resolveu rebatizar o modelo no Brasil, adotando o nome que se tornara popular, Fusca. Até então o automóvel era oficialmente denominado VW Sedan nos registros dos Detrans.
A Volkswagen desistiu de fabricá-lo em 1986, alegando que era um modelo muito obsoleto, apesar do carrinho ser o 2o carro mais vendido daquela época, atrás apenas do Chevrolet Monza e de ter fôlego o suficiente para permanecer mais uns bons anos no mercado. O real fato é que a Volkswagen queria abrir espaço para a Família BX, composta por Gol, Parati e Voyage.

Em 1993, por sugestão do então presidente Itamar Franco a empresa voltou a fabricar o modelo. Itamar queria a fabricação de carros populares, e sugeriu que o Brasil precisava de um carro como o Fusca. Foi aprovada, então a Lei do carro popular, que previa isenções e diminuições de impostos para os carros com motor 1.0, e o Fusca e o Chevrolet Chevette L, embora tivessem motores de 1.6l, acabaram por serem incluídos na lista também.
E assim, o Fusca voltou a ser fabricado no período de 1993 a 1996, a VW não pode negar uma coisa... vendas, pois o velhinho vendeu bem, embora ainda assim estivesse longe da meta esperada pela Volkswagen, a principal razão para que o Fusca não vendesse tão bem se deve ao fato de seu acabamento espartano demais diante dos concorrentes surgidos em meados da década de 90, como o Fiat Uno Mille e Chevrolet Corsa de primeira geração, que tinham preços muito próximos do velho Besouro, porém, com acabamento e equipamentos bem melhores que os do Fusca.
A empresa deixou de produzir novamente o carro em 1996, com uma série especial denominada Série Ouro. No período entre 1993 a 1996, foram produzidos cerca de 40.000 Fuscas apenas. Até hoje, o Fusca permanece com um dos carros usados de maior venda no mercado nacional.

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